quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Pessoas amigáveis vivem mais, revela estudo
O estudo incluiu pessoas de todas as idades, sem levar em conta o estado de saúde inicial dos pesquisados. Outro pesquisador do estudo, Timothy Smith, informou ainda que o bons relacionamentos fornecem um nível de proteção a todas as idades. Ele alerta, no entanto, que os aparatos modernos e a tecnologia podem levar algumas pessoas a pensar que redes sociais face a face ao são mais necessárias. Porém, a interação constante é sempre necessária e precisa ser feita de todas as formas, tanto por meio de redes sociais como por meio de conversas.
O Alzheimer , escrito pelo paciente
Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer.
Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.
Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.
Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.
Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET, que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept, que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarréia e perda de apetite.
Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda.Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.
Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.
Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.
No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.
Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.
Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura.
Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.
Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.
A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.
Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.
ARTHUR RIVIN FOI CLÍNICO-GERAL E É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE DA CALIFÓRNIA
Fonte: Arthur Rivin - O Estado de S.Paulo
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
A importância da Intergeracionalidade
Qualidade de vida num conceito amplo é o acesso a todas as condições que permitam ao individuo viver com condições dignas, tanto em termos de saúde quanto em aspectos físico-econômicos. Falar em qualidade de vida específica do idoso é reforçar a fragmentação da vida em etapas (infância, pré-adolescência, adolescência, idade adulta e velhice), pois ela deveria estar presente em todas as fases da vida e não ter ênfase apenas em algum momento do processo; o mesmo deveria acontecer com relação aos direitos dos cidadãos que estariam intrínsecos, não sendo necessário assim a existência de estatutos ou leis específicos para a proteção da criança e do idoso, por exemplo. Entendemos que é desta forma que acontece o reforço das diferenças, dos estigmas e dos preconceitos. Como seres humanos que coabitam um mundo de igualdades, que ainda hoje não podem ser vivenciadas na prática, almejamos que o sistema educacional utilize a intergeracionalidade como meio para que possamos ter um mundo mais justo.
Claudia Simão
Com certeza não se trata de uma tarefa fácil. Há bem pouco tempo, a expectativa de vida da população brasileira não passava dos sessenta e cinco anos, de modo que os conhecimentos médicos, psicológicos e sociais a respeito dessa fase da vida são poucos ou, pelo menos, muito recentes. Mas esse não é o principal problema.
A verdade é que fala-se muito e age-se muito pouco. Todos concordam quanto à necessidade de investimentos em uma maior qualidade de vida para a terceira idade. Entretanto, enquanto se questiona quem é o verdadeiro responsável, em um interminável jogo de empurra, quase nada é feito na prática.
O que precisa ficar entendido é que o envelhecimento faz parte da vida. Portanto, cabe a mim e a você , entender essas questões. Existem muitas funções importantes para as quais a sabedoria e a experiência acumulada com os anos podem ser de grande valor. .
Em primeiro lugar, precisa de acesso fácil e rápido a uma assistência médica especializada e de qualidade, sem que, para isso, necessite de planos de saúde caríssimos, que não cobrem todas as especialidades e tratamentos.
Além disso, são urgentes algumas adaptações e modificações arquitetônicas que possibilitem uma movimentação mais fácil e segura.
Isso sem falar em moradia e alimentação adequadas, que são direito de qualquer cidadão, mas ainda não fazem parte da realidade de uma parcela expressiva da terceira idade brasileira, condenada a viver com uma aposentadoria muito abaixo do mínimo necessário para se viver dignamente.
Está na hora de mudar. E parte da responsabilidade deve ser dos próprios idosos que precisam, o mais rápido possível, tomar consciência de sua força e importância e buscar seus direitos.
Cada etapa da nossa vida, não deve ser descartada. Portanto, cabe a mim destacar através desse artigo, nossa trajetória rumo a novos desafios , conscientizando-nos dos nossos deveres e direitos como cidadãos.
Com carinho,
Claudia Simao
Social no Brasil, nos parâmetros de uma sociedade contemporânea, ressaltando, não somente a QV (Qualidade de Vida), mas vínculos que devem serem formados, através de uma rede , que visa uma proposta nova para o empreendedor, família , sociedade levando-se em consideração o envelhecimento populacional através de uma visão holística.
A CUIDARE ofereçe, portanto, os Seminários, Fóruns, Palestras , Cursos , enfim ; que estão ligados às demandas da nossa população brasileira, levando-se em consideração esse foco, numa visão mundial .
CONFIRA , PARTICIPE E DÊ SUGESTÕES.
A CUIDARE OFEREÇE SEUS TRABALHOS EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL
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OBRIGADA,
Cláudia Simão