sexta-feira, 1 de julho de 2011

"Quando olho uma criança ela me inspira dois sentimentos, ternura pelo que é, e respeito pelo que posso ser". (Jean Piaget)

O Caráter
O conjunto dos traços psicológicos, o modo de ser, de sentir e de agir de um indivíduo, ou de um grupo, é o que chamamos de caráter, grosso modo. Constitui a índole ou o temperamento de uma pessoa ou de um grupo. Não são somente qualidades herdadas dos pais ou da família como muitos pensam, através dos exemplos e da educação.  Os pais somente podem dar bons conselhos e indicar o bom caminho mas a formação final do caráter de uma pessoa está rigorosamente em suas mãos. Apesar das tendências que possamos ter, o caráter é a vitória da nossa determinação sobre a nossa inclinação. É perfeitamente possível surgir de um ambiente completamente imoral e grosseiro, pessoas com forte e marcante caráter, em conseqüência da determinação e desejo de ser melhor. E de seus atos e influência vão surgir exemplos de moralidade e dignidade.
Contudo, é muito difícil manter-se fiel a uma conduta irrepreensível, quando convivemos num meio destituído de um mínimo de dignidade e respeito aos mais simples preceitos de retidão e honestidade, como o meio político brasileiro, por exemplo. Principalmente, quando notamos que os que trilham o caminho errado, muito mais do que com a impunidade, são agraciados com o enriquecimento ilícito e o beneplácito dos seus pares e autoridades competentes, que nada fazem para cerceá-los ou puni-los, estimulando com isso a prática cada vez mais intensa da corrupção desenfreada e generalizada. A trapaça, a má fé e a duplicidade são características da maioria dos governantes do nosso país.
O caráter sofre as influências do meio em que é submetido, na maioria das vezes. Por mais forte que sejam as convicções de um homem, é muito difícil conviver num  meio completamente imoral e corrupto e não se contaminar com suas promessas e possibilidades de auferir vantagens de modo desonesto. Só os mais fortes, moralmente falando, conseguem se sobrepor a essas possibilidades. E homens de caráter consolidados como estes, são as colunas mestras da nossa sociedade, por serem exemplos a serem escolhidos e seguidos e propalados, neste nosso país tão carente de homens dignos.
Confúcio dizia que, “quando encontramos pessoas de valor, devemos pensar em como podemos ser iguais a elas; e quando encontramos pessoas sem caráter, devemos nos voltar para o nosso interior e examinar o que se passa lá dentro”. Nenhuma qualidade humana é mais admirada e exaltada do que a hombridade e a retidão, deixando para um segundo plano o desejo de progredir materialmente, que também alimenta os sonhos de todo e qualquer ser humano. Todavia, o  enriquecimento com a perda da honra, menos do que uma vitória, é uma derrota moral que não há dinheiro que compre, quando falamos de homens de caráter. A honra, por incrível que pareça aos que dela carecem, vale mais do que todo o ouro do mundo. Não há dinheiro que pague a felicidade de saber que os amigos, parentes e conhecidos, sabem, com certeza, que somos  um homem de caráter e moral impecáveis, e incapazes de qualquer ato indigno ou imoral. Quando se tem esta certeza, o mundo nos parece mais róseo, mais amigo e fraterno. E devolvemos a ele este mesmo sentimento.
É extremamente compensador gozar tal conceito, mesmo que ao custo de grandes sacrifícios. Até por que dele colhemos os melhores resultados morais, financeiros e econômicos.  O homem digno não procura a oportunidade e o sucesso desesperadamente, pois estes, são bênçãos de uma conduta reta e que afloram naturalmente na vida dessas pessoas. É claro que exigem decisão, esforço e determinação, mas, são atitudes altamente compensadoras. E, obviamente, exigem trabalho e planejamento, mas, sem pisar no semelhante ou desejar o seu mal. “Na vida tereis aflições, mas, tende bom ânimo, eu venci o mundo”, disse Jesus. A falta de solidariedade é a  maior demonstração de falta de caráter e muitas vezes, um atalho maligno que o homem procura na busca das suas metas, quase sempre egoístas. É o caminho largo e aparentemente fácil que leva o homem ao pecado e o desvia do caminho reto e estreito do espírito, da solidariedade, do amor. Este é o modo de vida do mau caráter.
Ora, se como diz a psicologia, o caráter é o termo que designa o aspecto da personalidade responsável pelo modo habitual e constante de agir, peculiar a cada indivíduo, podemos afirmar que o nosso caráter é resultado de nossa conduta, boa ou má. Algumas vezes, o bom caráter é o resultado de uma herança familiar, mas, muito mais freqüentemente, é a conseqüência e a determinação de lutar contra si mesmo, na busca de uma vida digna e exemplar.
Como disse Helen Keller, “o caráter não pode ser desenvolvido na calma e tranqüilidade. Somente através da experiência de tentativas e sofrimentos a alma consegue ser fortalecida, a visão clareada, a ambição inspirada e o sucesso alcançado”.
Todo homem de caráter é um exemplo a ser seguido e admirado.

Ebenézer Anselmo
Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Chega de Violência!


Definição
A maior parte dos autores classifica a violência contra os
idosos em maus-tratos físicos, psicológicos, financeiro, abuso sexual e
negligência (INPEA, 1998; WHO, 2001). A negligência pode ser ativa –
intencional – ou passiva – sem intencionalidade (Wolf & Pillemer, 1989;
Bennett et al., 1997). Os maus-tratos se manifestam em um ou mais
níveis, são independentes de raça, gênero ou classe social e ocorrem nos
ambientes onde se encontram os idosos: em casa, na comunidade, nos
centros de convivência, nos centros-dia e nas instituições de longa permanência. É freqüente a ocorrência de várias formas de maus-tratos
concomitantemente; por exemplo, maus-tratos físicos, psicológicos e
negligência.

Perfil da vítima e do agressor:
Um levantamento dos principais estudos desenvolvidos nos Estados
Unidos sobre abusos contra idosos chegou ao seguinte perfil de vítima:
mulher com 75 anos e mais, viúva, fisicamente, emocionalmente ou
financeiramente dependente, na maioria das vezes reside com familiares, um dos quais é o seu agressor. Os agressores são, em sua maioria, os
filhos, em geral dependentes – muitas vezes financeiramente – da vítima, e com problemas mentais ou dependentes de álcool ou drogas, ou
ambos. No perfil dos agressores também se encontram cônjuges e netos
que co-habitam com os avós.

Fatores de risco:
Ciclos recorrentes de violência familiar – Existem evidências de
que crianças submetidas a maus-tratos por adultos mais velhos podem causar maus-tratos a seus pais ou avós.
Dependência física, emocional ou financeira do agressor em relação à vítima.
Estresse causado pelo ato de cuidar, o que inclui a falta de suporte de serviços comunitários.
Problemas de saúde mental do cuidador, associado ou não a
consumo de álcool e drogas; incapacidade funcional do idoso dependente, o que aumenta o risco e a vulnerabilidade para maus-tratos e
negligência quanto maior for o grau de dependência.
Um mau relacionamento que perdura no tempo entre o idoso
e o seu cuidador também pode ser um indicador potencial de maustratos, assim como um comportamento violento do idoso pode gerar um
comportamento de maus-tratos no agressor (Bennet et al., 1997).

Nota importante:

É de fundamental importância estar atento na anamnese a algumas condições que podem ser manifestações de maus-tratos ou negligência
Indicadores de maus-tratos:
Perda de peso, desnutrição, desidratação, palidez, olheiras.
Marcas, hematomas, queimaduras.
Lacerações, escaras, feridas.
Presença de úlceras de pressão, pouca higiene.
Falta ou má conservação de próteses - afastada a hipótese de ausência de condição
financeira.
Vestimenta descuidada.
Administração incorreta de medicamentos.
Acidentes inexplicáveis, lesões recorrentes e inexplicáveis.
Não tratamento dos problemas médicos, uso errado da medicação.
Demora entre o aparecimento da lesão ou doença e a busca de assistência médica.
História do idoso diferente da história do cuidador.

Indicadores no comportamento dos idosos:
Passividade, retraimento, tristeza, desesperança, depressão.
Ansiedade, agitação, medo.
Medo de falar livremente.

terça-feira, 28 de junho de 2011

"Se o tempo envelhecer o seu corpo mas não envelhecer a sua emoção, você será sempre feliz."
                                     
                                             Augusto Cury

População com diabetes mais que dobra em 30 anos

Data: 27/06/2011
Estudo com dados de 199 países e territórios mostra que mundo tem hoje cerca de 350 milhões de diabéticos - Envelhecimento e crescimento da população e aumento das taxas de obesidade levam à epidemia

MARIANA VERSOLATO
De São Paulo

O número de adultos com diabetes no mundo mais que dobrou nas últimas três décadas, chegando a quase 350 milhões de pessoas. A conclusão é de um estudo global publicado na prestigiosa revista médica "Lancet". Foram levantados dados de 199 países e territórios, de 1980 a 2008. O número é bem maior do que o que constava em uma previsão publicada em 2009 no periódico "Diabetes Research and Clinical Practice", que estimava o número de diabéticos em 285 milhões. As diferenças podem ser explicadas pelo maior número de estudos usados pela pesquisa do "Lancet" e pela diferença de metodologias.

O estudo foi conduzido por pesquisadores do Imperial College London e de Harvard, e teve apoio da Organização Mundial da Saúde. Dos 347 milhões de pessoas no mundo que têm diabetes, 40% estão na China e na Índia, e outros 10%, nos Estados Unidos e na Rússia.

OBESIDADE

Grande parte desse aumento (70%), segundo a pesquisa, se deve ao crescimento e ao envelhecimento da população (o que aumenta o risco de diabetes). Há também uma parcela de "culpa" no aumento mundial do IMC (Índice de Massa Corpórea), principalmente entre as mulheres, de acordo com a pesquisa.

Mas, segundo Marcos Tambascia, professor de endocrinologia da Unicamp, devem haver outros aspectos que levam a essa epidemia, já que em outras doenças metabólicas, como hipertensão, não tem ocorrido esse aumento. Ele diz que, no caso de pré-hipertensão, é indicado tratamento medicamentoso e, para o aumento de glicemia, mas ainda sem diagnóstico de diabetes, é proposto apenas mudança do estilo de vida, com pouco efeito clínico. "Talvez seja necessário rever a conduta para o tratamento do aumento global da glicemia, já que esse fato aumenta consideravelmente o risco cardiovascular."

-- matéria publicada no caderno Saúde do jornal Folha de São Paulo em 27/06/11 

VI Congresso Norte-Nordeste de Geriatria e Gerontologia (27/julho/2011)

Local: Hotel Armação - SeccionalPernambuco Pernambuco

VI Congresso de Geriatria e Gerontologia de Minas Gerais

Local: Parque Metalúrgico Augusto Barbosa / Centro de Artes e Convenções da UFOP - SeccionalMinas Gerais Minas Gerais(24/agosto/2011)

VI Congresso Centro-Oeste de Geriatria e Gerontologia / IV Jornada Goiana de Geriatria e Gerontologia

Local: Rio Quente Resort - SeccionalGoiás Goiás(08/setembro/2011)

Reviver momentos...

SBGG-RJ celebra Nara Rodrigues

Data: 26/06/2011
SeccionalRio de Janeiro Rio de Janeiro
No dia 20 de junho celebramos, em um evento simbólico, o aniversário de 85 anos de nossa querida Gerontóloga NARA COSTA RODRIGUES, uma das pessoas mais significativas e importantes da gerontologia, em defesa dos direitos da Pessoa Idosa, lutando por políticas públicas na área do envelhecimento para o Brasil. 

Através de relatos emocionados, tivemos o prazer de conversar sobre esta mulher simples; de uma simplicidade que só fez aumentar o brilho da sua personalidade sábia e agregadora. Nara nos deixou uma valiosa contribuição para o aprofundamento do estudo e o exercício da prática gerontológica. Nara continua sendo uma figura querida e respeitada por todas as categorias profissionais que com ela tiveram a honra de compartilhar reflexões acerca de um envelhecimento melhor para a população brasileira.

O mais importante desta celebração foi o resultado de um encontro, um desejo antigo e persistente de Nara: o estreitamento dos laços de união entre a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e a Associação Nacional de Gerontologia. Nesta celebração, realizada numa atmosfera acolhedora e preparada com muito carinho pela ANG-RJ e SBGG-RJ, fizemos um brinde à Nara.

Que suas lembranças estejam presentes em cada ato, em cada luta e em cada compromisso firmado.

Maria Angélica Sanchez
Presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG-RJ

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O termo qualidade de vida, de fato, tem sido muito utilizado ultimamente, mas não há consenso sobre sua definição.
Nesta reflexão, vamos abordar algumas questões importantes sobre este tema, embora seja sempre importante lembrar que a qualidade de vida tem algo de subjetivo, ou seja, próprio de pessoa para pessoa.
Qualidade de vida é quase um chavão hoje. Nos textos e nas conversas, ela aparece como afirmação que dispensa explicações:
quem escreve ou fala tem a certeza de que quem lê ou ouve sabe do que se está falando. Acontece, porém, que quem lê ou ouve pode estar pensando em coisas totalmente diferentes.
Muitos são os fatores que influenciam na qualidade de vida e os mais importantes dependem de cada um de nós, da nossa visão do ideal, da nossa herança familiar e cultural, da fase da vida em que estamos, da nossa expectativa em relação ao futuro, das nossas possibilidades, do ambiente, da visão que temos do mundo e da vida, dos nossos relacionamentos, etc.
É claro que existem certas condições básicas, como:
ter o que comer, morar, saúde, liberdade de escolha... Quando elas não existem, tornam-se prioridade número um e não há muito o que discutir.
O ser humano, infelizmente, não raro vive em um constante mal-viver. Em outras palavras, pode-se afirmar que ele não tem, ou tem poucos momentos de felicidade e prazer. Isso faz com que se tenha também maior suscetibilidade às doenças.
Sobre esta questão nunca é repetitivo demais dizer que ter quantidade de vida é importante, mas é diferente de ter qualidade de vida.
A qualidade de vida do ser humano, no sentido amplo da expressão, somente é compreendida se for captada nas suas múltiplas dimensões, como a vida no trabalho, a vida familiar e a vida na sociedade, a espiritualidade, enfim, em toda a vida.
Lyndon Johnson, presidente dos Estados Unidos, foi o primeiro a empregar a expressão qualidade de vida, ao declarar, em 1964, que “os objetivos não podem ser medidos através do balanço dos bancos. Eles só podem ser medidos através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas.”
O interesse em conceitos como “padrão de vida” e “qualidade de vida” foi inicialmente mais de interesse de cientistas sociais, filósofos e políticos, pois estava muito ligado à diminuição da mortalidade ou ao aumento da expectativa de vida. Posteriormente, foram-se acrescentando outros parâmetros.
O Grupo de Qualidade de Vida da divisão de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde, por exemplo, definiu qualidade de vida como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
O mesmo Grupo enumerou algumas características importantes para a avaliação da qualidade de vida. Vejamos: Percebe-se, por estas características, que qualidade de vida envolve um conjunto de fatores que devem existir para uma vida melhor. Isso quer dizer que a qualidade de vida passa pela necessária mudança de comportamento, vivência de valores, crescimento profissional e humano, disciplina e respeito, cuidados com os ambientes, atenção à saúde, vivência de uma espiritualidade...
Vivemos no mesmo espaço e nossas vidas constituem-se de trocas cotidianas. Como seres sociais, queremos e precisamos do auxílio de outras pessoas no processo de construção da vida particular e grupal, etc.
E sendo a liberdade uma das características no processo felicidade/qualidade de vida, como posso ter qualidade de vida se necessito conciliar e integrar a minha vida com a vida de outras pessoas?
Leonardo Boff, falando sobre este dilema, afirma que a característica principal dessa integração é a cultura da solidariedade, que envolve:
• Valores: gratuidade, reciprocidade, cooperação, compaixão, respeito à diversidade, complementaridade, comunidade, amor.
•Princípios: autogestão, respeito à diversidade / complexidade, convivência solidária com a natureza e cuidado com o meio-ambiente, democracia, descentralização / desconcentração do poder, das riquezas, dos bens...
• No novo projeto de desenvolvimento deve haver, portanto: primazia do trabalho sobre o capital, economia a serviço do social, tecnologia que não agrave o desemprego e a poluição da natureza, etc. Nesta perspectiva, toda a qualidade individual é, de certa forma, uma qualidade coletiva.
Uma das questões centrais da reflexão sobre qualidade de vida está no trabalho, que deveria ser fonte de prazer e satisfação: o prazer no processo, o prazer em ver o trabalho pronto e o prazer que o produto final propicia às pessoas.
O trabalho, na verdade, passou de uma concepção de sobrevivência, em busca de meios para satisfazer as necessidades básicas, até chegar, nos dias de hoje, como sendo vital e fundamental para todo ser humano, essencial à vida e à própria felicidade. É inegável sua importância para o ser humano, pois através dele a pessoa se sente útil à sociedade e à vida.
O trabalhador, nesse sentido, deverá ser ouvido, percebido e respeitado como ser humano e como cidadão. Desta maneira, a concepção de trabalho seria desvinculada da concepção de castigo, fardo, sacrifício e se transformaria em fator importantíssimo de felicidade.
No entanto, não é esta a racionalidade presente nas organizações e instituições. A lógica predominante é a dos negócios, sustentada pela defesa das leis do mercado.
A qualidade de vida não está à venda como se fosse um item da moda ou de um supermercado, também não a conseguimos adquirir de um dia para o outro.
A verdade é que, considerando a máxima que “...a única coisa permanente é o constante processo de mudanças...”, precisamos estar sempre nos reposicionando e perguntando:
  • Estou sendo feliz no que faço (trabalho, lazer, vida familiar, etc ...)?
  • Meus objetivos/planos/metas ainda são válidos para as atuais condições?
  • Do que tenho aberto mão em função das atuais opções?
  • O que estou fazendo para que outras pessoas também tenham mais qualidade de vida?
  • O que posso fazer para ser mais feliz na diversas dimensões da vida?
Estes questionamentos, obviamente, não devem tornar-se um “pesadelo”, mas parte natural de um constante processo de desenvolvimento humano, fazendo da vida algo muito sagrado. A qualidade de vida é uma busca pessoal e social. Busca que deve ser constantemente reavaliada e reajustada.
A questão central é que precisamos fazer alguma coisa, “não deixar para amanhã tudo aquilo que gostaria de fazer, posso fazer e tenho condições de fazer hoje”. Temos a tendência de achar que viveremos eternamente e que, portanto, podemos adiar, mesmo as coisas boas. Não adiemos as coisas boas. Qualidade de vida tem algo de “aqui e agora”, e algo que poderíamos chamar de “planejar o futuro”.
Robson Santarém, da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas do Rio de Janeiro, afirma que a qualidade de vida deve iniciar por algumas perguntas:
  • Qual o sentido da vida?
  • Quais valores estão presentes em nossa vida?
  • Que prazer, que paz, que harmonia, que felicidade, que vida é esta afinal?
  • Que herança se pretende deixar para os filhos: imóveis, bens, investimentos ou o orgulho de ter sido uma pessoa íntegra?
Pela profundidade das respostas certamente encontraremos pessoas mais livres, mais equilibradas e felizes. A amabilidade e atenção, o cuidado e a cooperação, o entusiasmo e o senso de humor, a paixão e a lealdade, a humildade e a vergonha, a serenidade e determinação, a ética, a justiça e muitas outras virtudes precisam estar presentes na vida do dia-a-dia. Isto, sim, é qualidade de vida!
Mauri Heerdt


domingo, 26 de junho de 2011

Exemplo de Superação de Vida



Minha homenagem  ao  Sr. João Geraldo de Almeida.
Homem que combate o seu bom combate, vem completando a sua carreira e missão aqui nessa terra.
Garra, força, dignidade, disciplina, perseverança, humildade, ética e talento; são algumas de suas "marcas registradas".
É lamentável olhar pra nossa sociedade e constatar que, hoje, precisamos de leis para tentar garantir pequenos direitos.  Benefícios que dependem tão somente da boa vontade e educação do outro. Dentre os vários, que poderíamos elencar aqui, quero refletir sobre a situação dos idosos nos transportes coletivos.
São humilhantes as situações vividas, cotidianamente, pelos idosos, em nosso país, que necessitam utilizar-se do serviço de transporte coletivo urbano.
A humilhação começa com o momento da espera nos pontos de paradas – que muitas vezes muitos motoristas não param o ônibus se virem um idoso sozinho; ou quando nos microônibus são proibidos de entrarem simplesmente porque a cota de passes já fora cumprida – perpassa pelo desrespeito e descaso dos condutores que não esperam esses idosos se acomodarem, arrastando o veículo bruscamente provocando tombos, ou, então, soltam-lhes piadas e insultos.
Essa situação agrava-se, ainda mais, com a má educação da grande maioria dos passageiros por dois motivos distintos: primeiro pelos que, fazendo uso indevido de um lugar, não dão a mínima para essas cansadas vidas – que tem que fazer malabarismo para sobreviver a uma viagem; segundo por aqueles que estão indiferentes à situação que está ocorrendo ao seu lado – agindo naturalmente como se tudo aquilo fosse normal ou como se não tivesse nada a ver com problema.



Afinal de conta, de quem é mesmo o problema?
Lembro-me da minha infância [e olha que não faz tanto tempo assim]. Bastava entrar no ônibus alguém mais velho, e não estou falando necessariamente um idoso, pra minha mãe logo me puxar para o colo dela. Confesso que aquilo era o mesmo que enfiar uma espada em meu coração ou arrancá-lo com as mãos. Eu odiava com toda minha força. Pois, tinha que entregar o meu lugar, normalmente à janela – criança tem um amor platônico por esse lugar – onde eu ficava a escolher qual dos carros que estava passando seria meu, para qualquer desconhecido.
Mas eu fui educado assim. A minha geração foi educada dessa forma. A geração dos nossos pais foi educada da mesma maneira e as dos nossos avôs também. As pessoas eram bem mais gentis e cordiais. A educação, realmente, era algo que vinha de berço.


Fico indignado quando sou forçado a presenciar situações como essas. Será que os infelizes dos motoristas dos transportes coletivos urbanos – não agravando a todos – não lembram que tem mãe e que certamente um dia estará na mesma condição?! E aqueles também infelizes, que vêem suas crianças ocuparem um lugar deixando um idoso em pé, será que não imagina que amanhã ele (a) poderá estar do outro lado da situação?! E o que dizer dos miseráveis que se apropriam dos lugares reservados e ladram como cães sarnentos, juntos a lixo espalhado, quando os de direito chegam pra fazer uso do lugar?!
Que educação está recebendo essas crianças? E que tipo de cidadãos se tornarão?
Parece irônico o fato de começar essa reflexão falando dos idosos e concluí-la com interrogativas sobre as nossas crianças.  Mas, na verdade, existe uma, certa, simetria entre elas.(Cello Reed)

Todo mundo está pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos… 
Quando é que se ‘pensará’ em deixar filhos melhores para o nosso planeta?

Através das relações intergeracionais e a reconstrução do Estado do Bem-Estar
Social no Brasil, nos parâmetros de uma sociedade contemporânea, ressaltando, não somente a QV (Qualidade de Vida), mas vínculos que devem serem formados, através de uma rede , que visa uma proposta nova para o empreendedor, família , sociedade levando-se em consideração o envelhecimento populacional através de uma visão holística.
A CUIDARE ofereçe, portanto, os Seminários, Fóruns, Palestras , Cursos , enfim ; que estão ligados às demandas da nossa população brasileira, levando-se em consideração esse foco, numa visão mundial .

CONFIRA , PARTICIPE E DÊ SUGESTÕES.


A CUIDARE OFEREÇE SEUS TRABALHOS EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL

ENTRE EM CONTATO!

OBRIGADA,

Cláudia Simão