domingo, 29 de maio de 2011

A IMPORTÂNCA DA QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO , QUE SEJA UM SINAL DE ALERTA!

Nakatani aborda que para a   velhice, ter uma vida saudável, significa manter ou restaurar a autonomia e independência. Define-se a primeira como a capacidade de decisão, e a segunda, como a capacidade de realizar algo por meios próprios.
Néri nos resume mostrando que dependência, independência e autonomia são, assim, condições que não se excluem e que muitas vezes se entrelaçam. Estão presentes em todo o ciclo vital, e assumem formas e valores impostos pelas pessoas e sociedade.
Uma das alternativas mais importantes para assegurar a autonomia e independência do idoso, como também o envelhecer saudável, são as ações educativas para essa parcela da sociedade e profissionais da saúde. No modelo vigente ainda predomina, nos serviços brasileiros de saúde, o modelo assistencial que privilegia as ações curativas e centra-se no atendimento médico, segundo uma visão estritamente biológica do processo saúde-doença. Esse modelo condiciona a educação em saúde para ações que visam a modificar as práticas dos indivíduos consideradas inadequadas pelos profissionais, mediante a prescrição de tratamentos, condutas e mudanças de comportamento. Nesse modelo, ainda quando se propõem atividades chamadas participativas, particularmente a formação de grupos, sua organização prevê prioritariamente aulas ou palestras, praticamente inexistindo espaço para outras manifestações que não sejam dúvidas pontuais a serem respondidas pelos profissionais.
Atitudes paternalistas e assistencialistas podem gerar efeitos negativos para a autonomia dos idosos, pois desencadeiam a dependência do cuidado profissional.
Para garantir a autonomia e independência do ser envelhecente, é imprescindível o preparo/capacitação dos profissionais da saúde, uma vez que estes estão envolvidos diretamente no cuidado. Tal capacitação implica despertar no profissional da saúde o reconhecimento do idoso cidadão. Ou seja, um profissional conhecedor da realidade social e de saúde desse estrato populacional, das tecnologias existentes, dos recursos disponíveis e dos dispositivos legais como instrumentos factíveis para o desenvolvimento de ações de saúde. O profissional deve estar preparado para reconhecer no idoso a potencialidade para o autocuidado, a necessidade de interdependência para o cuidado e a importância de preservar a autonomia.
Importante destacar que o" Pacto pela Vida" firma o compromisso dos gestores do SUS e determina as prioridades na atenção à saúde da população. Neste pacto, no que tange à saúde do idoso, um dos itens preconizados se refere à formação e educação contínua dos profissionais da saúde que atuam no sistema de saúde brasileiro.
Dotar as instituições de saúde de profissionais qualificados e capacitados implica articulação intersetorial nas esferas públicas." “Preparar os recursos humanos para a operacionalização de um elemento básico de atividades, que incluirá, entre outras, a prevenção de perdas, a manutenção e a recuperação da capacidade funcional da população idoso e o controle dos fatores que interferem no estado de saúde desta população".”
Em estudo realizado por Gelain, Alvarez e Silva, os autores constataram dificuldades referentes à falta de preparo técnico-científico dos profissionais para prestação de cuidados à pessoa idosa.
 Pereira   ressalta,  que “profissionais que trabalham com o processo de envelhecimento nas mais diversas áreas de saber (médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e outros) tentam proporcionar, em todos os níveis de atenção à saúde (primário, secundário e terciário), o bem estar biospsicossocial dos idosos, potencializando suas funções globais, a fim de obter uma maior independência, autonomia e uma melhor qualidade para essa fase de vida.”
Reforça-se então a importância de profissionais qualificados para o cuidado ao idoso.
Os profissionais da área da saúde podem ser reconhecidos como profissões de ajuda, ou seja, com uma ligação profunda e significativa entre profissional e cliente, que ultrapassa as simples trocas funcionais, mantendo um prisma de crescimento e evolução.
A capacitação dos profissionais da saúde para o cuidado geronto-geriátrico é, ainda, incipiente em nosso meio, provavelmente “porque a velhice é um fato social relativamente novo entre nós. Mas, se não houver recursos humanos treinados especialmente para atendê-los, não haverá uma atenção integral, integrada, digna e eficaz”.  Enfatiza-se, então, que para a consolidação das políticas de saúde a capacitação é requisito primordial, pois, “novos saberes, provocam novos fazeres”. 

Sociedade Brasileira de Geriatria e de Gerontologia

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Através das relações intergeracionais e a reconstrução do Estado do Bem-Estar
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